Paciente recebe alta do hospital depois de 7 meses internado por causa da covid-19

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Foto: divulgação/Hospital Marcelino Champagnat

219. Esse é o número de dias que o advogado Guilherme Kovalski Lima, de 36 anos, passou internado por causa da covid-19, no Hospital Marcelino Champagnat. Foram 7 meses de luta.

Diabético e hipertenso, ele foi internado às pressas devido a uma trombose pulmonar, uma das complicações mais comuns e graves provocadas pelo coronavírus. Isso aconteceu no dia 27 de julho do ano passado. Em 4 de novembro, depois de 101 dias, ele recebeu alta da UTI para um leito clínico.

Chegou a sair da internação por um breve período, mas já retornou no dia 8 de dezembro. Guilherme conta que como complicação da doença, teve paradas cardíacas, embolia pulmonar, que obstrução das artérias dos pulmões.

O advogado passou por cirurgia no tórax e comemorou o aniversário de 36 anos, em fevereiro, no mesmo dia em que completou 200 dias de internação no Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba. A alta definitiva aconteceu no dia 21 de fevereiro, pouco antes de a pandemia completar um ano no Brasil.

Nesta data, Guilherme pode ir para casa, rever a esposa e as filhas, de 1 e 8 anos, e agradecer a todos que torceram por ele.

Ele pede para que as pessoas se atentem e se cuidem, porque a doença é perigosa.

Há mais de 1 mês em casa, o advogado volta aos poucos ao trabalho, mas ainda não consegue andar, devido à fraqueza muscular causada pelo longo tempo acamado, além de uma lesão no ombro, resultante das pronagens, quando o paciente é colocado de bruços para aliviar a pressão no pulmão. Para recuperar os movimentos, força e coordenação muscular, Guilherme realiza de duas a três sessões diárias de fisioterapia, além do acompanhamento com fonoaudióloga. Em março, em alguns hospitais, mais de 38% dos pacientes com a doença precisaram de UTI.

O maior tempo de internação dos pacientes infectados pelo coronavírus é uma das características da doença e que contribui para a escassez de leitos. A média de internação na UTI do Hospital Marcelino Champagnat em 2020 foi de 4 dias. Já nos leitos de UTI exclusivos para pacientes com a covid-19, a média é 4 vezes maior, chegando a 17 dias.

O médico intensivista e coordenador da UTI do Hospital Marcelino Champagnat, Jarbas da Silva Motta Júnior, revela que os pacientes com maior chance de ficarem mais tempo internados são aqueles jovens adultos que possuem fatores de risco.

O médico cita o exemplo do Guilherme, que ficou mais tempo internado por causa da demora da reabilitação.

Em 2021, o perfil das vítimas do coronavírus é diferente do que se notava no início da pandemia. Antes, os quadros mais graves eram em pessoas com mais de 60 anos, agora o que se nota nos hospitais são pessoas mais jovens e em estado mais crítico. Os infectados pela covid-19 precisam de cuidados de uma equipe multidisciplinar, que além dos médicos, enfermeiros e técnicos, inclui fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e psicólogos.

Os agravamentos mais recorrentes, além dos respiratórios, estão relacionados às inflamações sistêmicas, que prejudicam também os rins e até mesmo a circulação do sangue.

Ouça a reportagem especial de Fernanda Scholze:

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Foto: divulgação/Hospital Marcelino Champagnat
Vídeo: divulgação/Hospital Marcelino Champagnat
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