Tutores de jovem autista morto viram réus em ação penal
O homem responderá criminalmente por homicídio qualificado
O padrasto e a mãe de um jovem autista encontrado morto em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, se tornaram réus por tortura, cárcere privado e fraude processual. A Justiça aceitou o pedido de abertura de ação penal contra Samuel de Jesus Silva e Renata Fernandes Quadro Borges. O homem, acusado pelo Ministério Público como responsável direto pela morte, também responderá criminalmente por homicídio qualificado.
O crime aconteceu no dia 18 de fevereiro. Rômulo Luiz Fernandes Borges, de 19 anos, foi encontrado morto dentro de casa. A perícia do IML (Instituto Médico-Legal) concluiu que o óbito ocorreu por traumatismo craniano causado por uma “ação contundente”. Portanto, segundo o laudo, uma pancada na cabeça levou o jovem à morte.
A investigação da Polícia Civil, com apoio da Polícia Científica, apontou que Rômulo Borges sofria maus-tratos, pelo menos, desde 2018. O jovem autista era mantido preso, amarrado e amordaçado, dentro de um banheiro mofado e mal-iluminado.
A perícia ainda apontou sinais de desnutrição e várias lesões no corpo de Rômulo, sendo alguns ferimentos recentes e outros já cicatrizados, o que indica que existia uma rotina de violências físicas.