Paraguaios resgatados em situação análoga à escravidão voltam para casa
Cada trabalhador recebia, em média, cinquenta reais por semana
Os sete trabalhadores resgatados pelo Ministério Público do Trabalho em situação análoga à escravidão retornaram ao Paraguai. Os homens trabalhavam em uma plantação de mandioca no município de Pérola, no noroeste do Paraná.
O resgate foi feito com apoio do Batalhão de Polícia de Fronteira após um deles procurar a polícia e denunciar a situação. De acordo com o procurador do Ministério Público do Trabalho no Paraná, André Vinícius Melatti, eles receberam os acertos relativos ao tempo trabalhado e as indenizações pelas condições precárias a que foram submetidos.
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Cada trabalhador recebia, em média, cinquenta reais por semana após os descontos feitos pelo empregador, que cobrava dos trabalhadores os custos de alojamento, água, energia, comida e transporte do alojamento ao local de trabalho, ou seja, eles eram submetidos ao regime de servidão por dívida.
O Ministério Público do Trabalho destaca que esse não é um caso isolado e reforça a necessidade de uma fiscalização mais frequente para combater esse crime.
O Ministério Público Federal apura o crime e busca identificar todos os envolvidos no processo de produção e venda da plantação de mandioca para as devidas responsabilizações.
Reportagem: Vanessa Fontanella e Larissa Biscaia