Paraná completa um ano livre de febre aftosa sem vacinação
Estado é o maior produtor e exportador de proteína animal do País
Há um ano, o Paraná recebeu a certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação. O novo status sanitário foi confirmado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O estado já havia recebido esse reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária em 2020. De acordo com o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, este momento reforça a importância do cuidado com a saúde do rebanho.
Desde que o último foco da doença foi confirmado, em 2006, o governo e o setor produtivo se organizaram para melhorar a estrutura sanitária paranaense, o que incluiu a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o reforço da fiscalização nas divisas e o controle dos rebanhos. A imunização contra a aftosa no Estado foi interrompida em 2019 e a campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela campanha de atualização de rebanhos. O cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais.
Maior produtor e exportador de proteína animal do País, o Paraná produziu em 2020 mais de R$ 6,213 milhões de toneladas de carne de porco, boi e frango, quase um quarto do que foi produzido no país e deve despontar como principal produtor nos próximos anos, como conta o diretor-presidente Adapar, Otamir Cesar Martins.
Além de área livre de febre aftosa sem vacinação, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) confirmou que o Paraná também é livre de peste suína clássica independente. A classificação tirou o Estado de um grupo atualmente formado por 11 estados, garantindo vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional.
Reportagem Leonardo Gomes