O Paraná confirmou nesta quinta-feira (28) mais 11 casos de monkeypox, a varíola dos macacos. Os casos mais recentes foram registrados na capital, que reconheceu a transmissão comunitária da doença. O estado agora acumula 21 diagnósticos positivos, todos em Curitiba. Outros 26 casos estão em investigação, sendo 19 deles na capital, e os demais nos municípios de Colombo, Maringá, Cascavel, Nova Esperança, Loanda Jaguapitã e Carlópolis.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, desde o início da emergência sanitária, outros 24 casos suspeitos foram descartados após exames laboratoriais. As amostras dos pacientes com suspeita de varíola dos macacos são coletadas pelo Lacen (Laboratório Central do Estado), e depois são enviadas para o laboratório de referência em São Paulo, conforme orientação do Ministério da Saúde.

Considerada uma emergência internacional pela OMS desde o último dia 23 de julho, a varíola dos macacos é uma doença viral. A transmissão entre seres humanos ocorre, principalmente, pelo contato direto com as lesões na pele da pessoa infectada. A monkeypox causa erupções na pele, que geralmente iniciam a surgir no rosto e se espalham para outras partes do corpo. Além das lesões, outros sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios, fadiga e linfadenopatia (inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço, axila e virilha).

A OMS também se disse preocupada com a situação do Brasil e a ausência de testes na rede pública. O Ministério da Saúde já confirmou mil casos da doença e passou a tratar a varíola dos macacos como um surto. No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde orienta que os municípios, diante de um caso suspeito, isole o paciente e passe a monitorar diariamente todos os contatos próximos. Os casos confirmados também devem ser acompanhados diariamente até o desaparecimento completo das lesões.

Reportagem: Angelo Sfair.