O Governo do Paraná deve anunciar hoje (11) a renovação do decreto que determina as medidas restritivas de combate à pandemia do coronavírus. As atuais regras estão em vigor há 15 dias. As medidas restringem a circulação de pessoas, além da venda e do consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos depois das oito da noite. O toque de recolher e a lei seca atual vigoram das dez da noite às cinco da manhã. Comércio e serviços não essenciais, incluindo shoppings, academias e restaurantes, devem fechar aos domingos.

O Secretário de Estado da Saúde já adiantou em várias oportunidades que as medidas serão renovadas. Segundo Beto Preto, o Paraná só poderá abrir mão das restrições no momento em que uma parcela significativa da população estiver imunizada contra a covid-19. Nesta semana, na Assembleia Legislativa, ele estimou um prazo de cinco meses para completar o esquema vacinal do público adulto.

O chefe da pasta pediu colaboração da população, no cumprimento dos decretos e na procura pela vacina:

Ao contrário do que disseminam algumas facções ideológicas, a vacina é uma estratégia coletiva de imunização, e não individual. Portanto, não existe respaldo científico para relaxar as restrições – ou mesmo flexibilizar a orientação para o uso da máscara – para grupos já vacinados.

Atualmente, a taxa de ocupação dos leitos de UTI do SUS exclusivos para covid-19 é de 95%. Todas as regiões do Paraná apresentam índices superiores a 90%. Até ontem (10), segundo o Portal da Transparência da Secretaria de Estado da Saúde, mil e duzentos pacientes aguardavam a transferência para leitos hospitalares, dos quais 633 tinham indicações para unidades de terapia intensiva.

O decreto estadual serve como uma orientação geral para os 399 municípios do Paraná, sobretudo para aqueles com menos de 50 mil habitantes. Os cidadãos e as empresas devem respeitar as regras locais, prevalecendo sempre a medida mais restritiva, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal.

Reportagem: Angelo Sfair