O governo do Paraná anunciou a construção do novo Contorno Sul de Curitiba e uma nova ligação entre a capital e Pinhais. Além disso, a continuidade da duplicação da Rodovia da Uva, assim como a construção de trincheiras na Linha Verde. Melhorias no interior do estado também foram anunciadas e fazem parte do pacote de obras no valor de R$ 3,4 bilhões.

Quarenta mil empregos diretos e indiretos devem ser gerados ao longo dos próximos dois anos na construção civil, indústria e comércio – o volume deve acarretar em um crescimento de 0,4% no PIB do Paraná.

São novas duplicações, pavimentações e melhorias de rodovias e vias urbanas, além da construção de pontes e viadutos, modernização de estradas rurais e novas estruturas portuárias.

As obras serão licitadas em 2023 e a maior parte delas deve começar até 2024. Entre as obras para Curitiba e Região Metropolitana, o novo Contorno Sul, para tirar cerca de 25% do tráfego do atual contorno na interseção com a BR-116, na região da Ceasa. Além disso, também está prevista uma nova ligação entre Curitiba e Pinhais, na região do antigo autódromo. Nas imediações estão previstas novas ruas, rotatórias, ciclovias e requalificação urbana em um trecho de aproximadamente três quilômetros.

A intervenção também vai estender a canaleta exclusiva do ônibus da Avenida Presidente Affonso Camargo até o terminal de Pinhais, pela Avenida Ayrton Senna da Silva. É o que detalha o governador Ratinho Júnior.

Na Linha Verde, duas trincheiras devem ser feitas no bairro Xaxim: para interligar as ruas Omar Raymundo Pichet com a Marechal Althair Roszanniy, além da Rua Barão do Santo Ângelo com a Rua Ipiranga. Para o litoral do Paraná foi anunciada a duplicação de mais de 14 quilômetros entre o Canal de Matinhos e a interseção entre a PR-412 e a PR-407, em Pontal do Paraná, além de um novo viaduto. A obra deve amenizar os gargalos do trânsito na região litorânea, registrados principalmente durante a temporada de verão.

Outra obra no litoral é a duplicação de 12,8 quilômetros do trecho paranaense da rodovia entre Guaratuba e Garuva. Devem ser implantadas melhorias no entroncamento com a PR-808, que dá acesso à Itapoá. Está previsto, ainda, um viaduto no balneário de Coroados e a reforma da ponte sobre o Rio da Praia.

A obra que tem o maior custo é a implantação de uma nova moega ferroviária – uma espécie de depósito que centraliza a descarga dos trens que chegam ao Porto de Paranaguá. Uma estrutura de quase 600 mil metros quadrados que vai permitir o descarregamento simultâneo de 180 vagões – o que, segundo o governo, vai permitir um aumento de 63% na capacidade de descarregamento, de 550 para 900 vagões ao dia.

A expectativa é que mais 24 milhões de toneladas de grãos e farelos saiam anualmente pelo porto do Paraná, o que vai resultar numa ampliação de 14,9% para 50% na participação do modal ferroviário no transporte de cargas. A obra também deve gerar uma economia de 30% nos custos de transporte, assim como diminuir impactos ambientais e melhorar o trânsito na região. Apenas no porto, o investimento previsto é de R$ 592 milhões. Quem explica é o secretário de Infraestrutura e Logística, Fernando Furiatti.

Entre as obras no interior do estado estão, também: a pavimentação no acesso ao município de Doutor Ulysses, na região do Vale da Ribeira; continuação da revitalização da PRC-280, entre a região sudoeste e o litoral do Paraná; duplicação entre Guarapuava e Pitanga, na região central do Paraná; pavimentação entre Mandirituba e São José dos Pinhais e, ainda, a duplicação da PR-317, em Toledo, além de novas estradas rurais para beneficiar cerca de 30 municípios paranaenses.

Também faz parte do pacote do governo um aporte de R$ 100 milhões em projetos para início de novas obras em todas as regiões do Paraná, nos próximos anos.