Paraná teve mais adoções em 2020 do que em 2019; Brasil teve redução de 26,4%

 Paraná teve mais adoções em 2020 do que em 2019; Brasil teve redução de 26,4%

Foto: divulgação

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Família completa: Suely e o marido adotaram casal de gêmeos com 17 anos e são padrinhos de mais uma criança, de nove. Foto: arquivo pessoal

O Paraná tem cinco vezes mais pessoas interessadas em adotar do que crianças ou adolescentes aptos para integrar uma nova família. Há atualmente 450 crianças e adolescentes disponíveis e 2.535 mil pessoas habilitadas para adotar. A conta não fecha por causa do perfil exigido pelas famílias adotantes.

A Juíza Dirigente da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Paraná, Noeli Salete Reback destaca que a maioria das famílias busca por crianças mais novas e de uma etnia específica.

Em 2020, o Brasil teve uma queda de 26,4% no número de adoções. Na contramão, o Paraná registrou alta na concessão de sentenças, com 508 crianças e adolescentes integrados a uma nova família – três a mais do que em 2019. Um dos motivos para o resultado positivo é o aplicativo A.dot (a ponto doti) que completa três anos neste 25 de maio de 2021 – Dia Nacional da Adoção.

A plataforma permite que pessoas habilitadas para adoção conheçam o perfil de quem aguarda por uma nova família. O app foi desenvolvido no Paraná, mas hoje tem alcance nacional.

Foi por meio do aplicativo que a família da professora Sueli Mônica Sertório cresceu. Ela e o esposo apadrinharam um menino de nove anos que estava sendo acompanhado pela justiça. Eles se habilitaram para adoção para estarem prontos, caso a criança fosse destituída da família. Mas a história teve uma reviravolta quando o casal conheceu dois adolescentes, irmãos gêmeos.

Quando foram adotados, faltavam quatro meses para os gêmeos completarem 18 anos – data limite para que o processo de adoção seja iniciado. Antes de conhecer os filhos, Suely diz que não pensava em adotar crianças ou adolescentes mais velhos. Foi assistindo aos vídeos dos jovens na plataforma que ela e o marido se apaixonaram e deram aos irmãos uma vida nova.

Faz onze meses que a família está reunida. Em outubro do ano passado eles completaram 18 anos, mas já na casa nova, com a família completa.

Desde que foi criado, cerca de 30 adoções já foram concretizadas por meio do app. Somente entre janeiro e fevereiro deste ano, 16 pedidos de aproximação foram feitos. O aplicativo é disponível somente para famílias já habilitadas à adoção.

Para entrar no processo de adoção, é preciso ter mais de 18 anos, ser 16 anos mais velho do que a criança ou adolescente que pretende adotar.

A orientação é para que a família procure a Vara da Infância e Juventude ou a Promotoria de Justiça no Fórum. É necessário apresentar documentos que comprovem idoneidade moral e fazer o curso preparatório para adoção, oferecido gratuitamente pelo Poder Judiciário. Quanto menos exigências a família tiver sobre o perfil da criança, mais fácil e rápida será a adoção.

Reportagem: Ana Flavia Silva

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