PCPR conclui inquérito do policial federal que atirou em clientes
Ronaldo Massuia deve responder por um homicídio consumado e três tentativas de homicídio
O policial federal que atirou contra os clientes de um posto de combustíveis em Curitiba foi indiciado por um homicídio consumado e quatro tentativas de homicídio, todos considerados crimes qualificados. São duas qualificadoras: impossibilidade de defesa das vítimas e motivo fútil. Esta foi a conclusão do inquérito policial, assinado pelo delegado da Polícia Civil, Wallace de Oliveira Brito, e publicado nesta quarta-feira (11). De acordo com ele, 18 pessoas foram ouvidas, entre vítimas que sobreviveram e testemunhas que estavam no posto quando o policial fez os disparos.
A confusão e os tiros na noite de domingo, 1º de maio, foram registrados por câmeras de segurança do posto de combustíveis. Na loja de conveniências, após levar um soco e ser expulso do local, Ronaldo Massuia voltou ao estabelecimento já atirando contra os clientes. Segundo as testemunhas, ele estava com sinais de embriaguez e provocava o segurança do local. Até o momento não se sabe, de forma concreta, os motivos dos disparos. Ao todo, quatro pessoas foram baleadas: Andre Muniz Fritoli, de 32 anos, que morreu a caminho do hospital, Priscila Dal Negro, Matheus Gusmão, e Eduardo Pribbnow, que ficaram feridos. O advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de Andre, morto pelo agente, classifica o episódio como um ato de terrorismo e reforça o pedido por justiça.
De acordo com a defesa de Ronaldo, a ação foi causada devido a um surto psicótico. O policial alegou ainda legítima defesa. O advogado de Ronaldo, Nilton Ribeiro, afirma que a equipe trabalha para preparar as estratégias de defesas.
Agora o processo do policial federal é enviado à Justiça e o Ministério Público do Paraná (MPPR) passa a analisar se vai ou não oferecer denúncia contra Ronaldo.
Reportagem Fernanda Scholze