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Peça debate dificuldades enfrentadas por pessoas em situação de rua

Teatro ‘Debaixo da ponte’ contou com duas apresentações no Festival de Curitiba

 Peça debate dificuldades enfrentadas por pessoas em situação de rua

Imagem: Gabriella Gomes Rampazzo

Problemas sociais, geralmente, são criticados em peças teatrais. Dificuldades no dia a dia, má alimentação, as repentinas mudanças climáticas, são algumas das adversidades que ocorrem na vida de mais de 200 mil moradores de rua no Brasil. “Debaixo da ponte” conta a história de dois moradores de rua que disputam para ter uma “casa” em um lugar nem tão peculiar: uma ponte.

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O personagem Chulé, está à procura de um abrigo, e logo encontra uma ponte onde irá ficar. Não contando que já teria outro morador, desfaz suas malas para arrumar seu ‘lugarzinho’. Após o antigo morador, Sobaco, chegar uma briga se inicia em torno de saber qual dos dois ficará debaixo da ponte. Toda a trama se desenvolve a partir disso, contando com casos reais nos quais moradores de rua foram agredidos por policiais e pessoas que moravam em regiões próximas.

Para Francisco Carlos, de 48 anos, que há um mês e meio está em situação de rua, o espetáculo foi algo que o tocou pois relata o que está vivenciando. “Essa peça pra mim foi muito legal! Eu foquei muito na história, no significado, sobre a pessoa que dorme na rua, o desconforto, a segurança. Eu levei isso pra mim, porque eu durmo na praça, então eu foquei muito na segurança, eu estou a qualquer momento a ser apedrejado, a ser queimado, espancado…” relata o homem.

Sob direção de Luan Tofano Helias, o show ganha cena com os atores César Almeida (sobaco) e Luan Tofano Helias (chulé). O roteiro é uma adaptação do texto de Marcelo Ricardo Almeida, autor nordestino. “A proposta do grupo, é expor as marcas, feridas sociais, veias abertas”, conta Luan assustado por ser a sua primeira vez em Curitiba e notar o número exacerbado de pessoas em situação de rua.

O espetáculo foi feito pelo Laboratório de Montagens Cênicas Epicentro, a companhia é de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Espírito Santo. A peça faz parte da Mostra Kaxuell – o inferno é aqui!, a qual contém mais três grupos de teatro cachoeirenses.

Em 2020, o teatro do grupo foi inundado, com isso o local está fora de funcionamento, portanto a mostra é o símbolo de uma luta, “ideia de caos, porque a gente está numa luta de resistência mesmo para conseguir trabalhar”, conta Luan Tofano.

O grupo do Epicentro, infelizmente, tinha se desfeito no início do ano de 2021, porém, com a oportunidade de participar do Fringe no Festival de Curitiba, o grupo se reuniu e se reestruturou. A peça contou com 2 apresentações nos dias 06 e 07 de abril durante o Festival.

Informação: Gabriella Gomes Rampazzo, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba

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Giovanna Retcheski

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