Peça “GOLD” traz reflexões sobre meio ambiente com sátiras
Espetáculo questiona: “O que todos querem? Gold, mas até aonde você iria por dinheiro?“
O espetáculo “GOLD” é uma mistura de música, dança e sarcasmo para levar ao público uma reflexão sobre o meio ambiente, deixando a plateia com várias perguntas na cabeça, como “De quem é a culpa?”. A peça é uma criação coletiva que aborda a exploração desenfreada da natureza por meio de situações absurdas, em tom irônico e poético.
A culpa do engarrafamento na cidade seria das pessoas que saem no mesmo horário? Dos carros, do imperialismo ou do capitalismo? Culpa ou responsabilidade? Qual seria o termo correto? Ou será que a culpa é do português que não tem uma palavra melhor para expressar? Isso seria culpa de Portugal que colonizou o Brasil, levando todo o ouro? Ou talvez a culpa fosse da Inglaterra, que ficou com toda a riqueza? Essas foram alguns dos questionamentos para levar a plateia à reflexão.
Complexa foi a definição que o estudante Caleb Neves, de 21 anos, deu ao espetáculo. “A exposição ao absurdo do show, do ouro, a discussão, a culpa, é do carro? É do imperialismo? Eu achei muito interessante.” Pela primeira vez assistindo a uma peça do Festival de Curitiba, Ingrid Santana, de 18 anos, conta a experiência com o espetáculo: “Eu achei uma forma escrachada de falar a crítica que deve ser dita.”
A apresentação de GOLD foi a última da Mostra Minas, que trouxe para o festival três companhias mineiras. A programação contou também com as peças “Café com Leite” e “Outono”.
Serviço
GOLD
Mostra Fringe – 32º Festival de Curitiba
Data: 30 e 31 de março
Local: Caixa Cultural Curitiba
Classificação: 10+
Duração: 60 min
Gênero: Drama
Reportagem: Geise Gabriele, estudante da Universidade Positivo(UP)