Pedido de correção de dados da vacinação contra covid-19 em Maringá já foi solicitado ao Ministério da Saúde há mais de 1 mês

 Pedido de correção de dados da vacinação contra covid-19 em Maringá já foi solicitado ao Ministério da Saúde há mais de 1 mês

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Um pedido de correção dos dados da vacinação contra o coronavírus em Maringá, no norte do Paraná, já foi solicitado ao Ministério da Saúde há mais de um mês. A afirmação foi feita pelo secretário municipal da saúde, Marcelo Puzzi, na tarde desta sexta-feira (02), após uma denúncia apontar que a cidade teria aplicado 3.536 doses vencidas da vacina AstraZeneca contra a covid-19. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo, que colocou a cidade do interior paranaense como a campeã em aplicação de doses que passaram da data de validade.

O secretário municipal da saúde garante que o que aconteceu foi um erro de transmissão de dados da Secretaria da Saúde de Maringá para o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Conect SUS, que fez com que as datas de aplicação do imunizante aparecessem em com dias e até meses de atraso.

Ele afirmou que, para que os moradores de Maringá fiquem tranquilos, basta olhar na carteirinha de vacinação, que mostra que as vacinas foram aplicadas antes do prazo de vencimento.

A reportagem da Folha de São Paulo também apontou que em todo o Brasil, aproximadamente 26 mil imunizantes que passaram da data de validade foram aplicados. Depois da cidade paranaense, aparecem Belém (PA), com 2.673, São Paulo (SP), com 996, Nilópolis (RJ), com 852, e Salvador (BA), com 824. As demais cidades aplicaram menos de 700 vacinas vencidas, sendo que a maioria não passou de dez doses.

O médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Júlio Croda, afirma que caso a pessoa tenha recebido a vacina vencida, não existe recomendação de tomar uma terceira dose da vacina.

Porém, Segundo a orientação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), caso alguma vacina seja administrada após o vencimento, essa dose não deverá ser considerada válida, sendo recomendado um novo ciclo vacinal, respeitando um intervalo de 28 dias entre as doses. O vacinado deve ser acompanhado pela Secretaria de Saúde local.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informa que nenhuma dose de vacina é entregue aos estados e Distrito Federal vencida. A pasta acompanha rigorosamente todos os prazos de validade das vacinas Covid-19 recebidas e distribuídas pela pasta. Conforme pactuado com Conass e Conasems, as doses entregues para as Centrais Estaduais devem ser imediatamente enviadas aos municípios pelas gestões estaduais. Cabe aos gestores locais do SUS o armazenamento correto, acompanhamento da validade dos frascos e aplicação das doses, seguindo à risca as orientações do Ministério.

A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que todos os lotes que chegaram ao Paraná pelo Ministério da Saúde foram, e continuam sendo, rapidamente descentralizados para todos os 399 municípios. A logística de distribuição tem sido um diferencial na estratégia estadual de vacinação.

Mesmo assim, as informações sobre os possíveis imunizantes vencidos serão verificadas junto às secretarias municipais, que são responsáveis pelo controle final da aplicação. O Estado também aguarda um posicionamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI) sobre o caso.
A Secretaria ressalta que é preciso ponderação neste momento e que todas as vacinas são seguras. Os municípios podem continuar o processo de imunização.

Reportagem: Fernanda Scholze

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