Essa é a aluna da Escola Atuação, Isabela Ribeiro, de oito anos de idade. Para a sorte dela, a médica Lidia Moura, coordenadora de cardiologia dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, afirma que a presença de mulheres na área da saúde é cada vez maior.

O direito de frequentar uma faculdade foi conquistado em 1879. As candidatas solteiras tinham que apresentar uma licença dos pais. Já as casadas eram obrigadas a ter o consentimento por escrito do marido. Em uma geração livre para estudar e trabalhar, uma nova peça entrou em cena: a internet. A diretora da Cristina Maria de Matos, da Escola Estadual Paula Gomes, em Curitiba, define a geração atual como ansiosa.

Com um mundo de possibilidades, as atividades domésticas passaram a ser uma opção ao invés de uma obrigação. Foi só na constituição de 1934 que as mulheres adquiriram os primeiros direitos trabalhistas. Por influência do marido, Solange do Rocio Ramos aprendeu a dirigir caminhões. Em 2018, ela entrou para a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, para comandar os veículos na antiga área de depósito. Três anos depois, foi promovida. Em relativamente pouco tempo, ela viu uma mudança no cenário.

Quem também enfrentou um ambiente predominantemente masculino foi Jéssica Fernandes, que é a primeira e única soldadora da fábrica em que trabalha. Quando entrou para a empresa, ela era auxiliar.

Em ação, a capitã Anahy acredita que não faz diferença ser mulher ou homem dentro do Batalhão Policial de Rondas Ostensivas de Natureza Especial. Foi dentro de casa onde ela se interessou por ser parte das forças de segurança. Para ela, o importante é gostar da profissão.

A advogada especialista em Direitos Humanos, Melina Fachin, afirma que o Dia Internacional da Mulher serve para lembrar das conquistas feitas pelas mulheres de gerações anteriores.

Para as ouvintes, essas mulheres deixam um recado.

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Reportagem: Larissa Biscaia