Pesquisa aponta que mais da metade das rodovias do Paraná apresentam problemas

 Pesquisa aponta que mais da metade das rodovias do Paraná apresentam problemas

Foto: divulgação/CNT)

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Mais da metade das estradas paranaenses apresentam irregularidades, como falta de sinalização, buracos, geometria inadequada, entre outros problemas. Um levantamento divulgado ontem (17) pela Confederação Nacional do Transporte aponta 56,6% das estradas estaduais e federais do Paraná apresentavam classificação regular, ruim ou péssima. Neste ano, na 22ª edição do levantamento, foram avaliados 6.330 quilômetros de estradas do Paraná: 34,9% do trecho foi classificado como regular, 17,8% como ruim e 3,8% como péssimo.

No ano passado, esse mesmo estudo apontava um percentual de 59% dos trechos com problemas. A leve melhora nos resultados se deve, principalmente, aos avanços com relação à sinalização – o que inclui placas de limite de velocidade, faixas centrais, laterais e defensas – elementos inseridos nas vias com a finalidade de reduzir o impacto de possíveis colisões.

Por outro lado, 77% dos trechos de rodovia que cortam o Paraná tem condições deficitárias de geometria da via e do pavimento. Desde 2012, segundo o estudo da CNT, os investimentos públicos federais nas rodovias tiveram uma queda drástica, de 25 para 8 bilhões de reais. Em 2011, o montante chegou a R$ 11 bilhões, e em 2016, retrocedeu ao nível de 2008, caindo para 8 bilhões. Atualmente, o governo gasta mais com o custo de acidentes de transporte, com 10 bilhões em 2017, do que com intervenções de infraestrutura rodoviária, que somou gasto de 8 bilhões no ano passado.

No Paraná, 2.861 quilômetros de rodovias são pedagiadas e 3.469, são públicas. Entre os trechos que estão nas mãos de concessionárias, 69% são considerados bons ou ótimos. Já entre as estradas controladas pelo Estado ou pela União, o porcentual cai para 21%. O presidente da CNT, que representa sindicatos de 200 mil empresas de transporte e logística, Clésio Andrade, defende que as estradas sejam pedagiadas, mas reclama de resultados inferiores aos esperados nos casos de privatização.

No Paraná, as concessionárias são exemplo de questionamento do processo de privatização. No final de setembro, 19 pessoas foram presas na fase 55 da Operação Lava Jato, que investiga justamente o pedágio no Paraná, mais especificamente os casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão de rodovias no Estado que fazem parte do Anel de Integração. Além de Pepe Richa, irmão do ex-governador Beto Richa e ex-secretário de Infraestrutura e Logística, diretores de empresas de pedágio também tiveram pedidos de prisão expedidos na ocasião.

Reportagem: Narley Resende

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