Pesquisa revela que pandemia tem impulsionado economia circular
Um estudo encabeçado por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná indica que a pandemia deve acarretar novas práticas econômicas. A fabricação de equipamentos de proteção individuais alternativos para suprir a demanda dos profissionais da saúde, por exemplo, é um dos indicadores de novas perspectivas de consumo e de produção. As transformações trazidas pela pandemia devem impulsionar a chamada economia circular que se caracteriza pelo consumo sustentável que rompe com o ciclo de produção em massa.
O estudo foi publicado na revista científica Brazilian Journal of Health Review e teve como base práticas econômicas que foram alavancadas com a crise trazida pelo coronavírus. O trabalho de pesquisadores da UFPR mostra que, apesar de a economia circular ainda estar longe de ser realidade no mundo todo – seja por políticas que barram a aplicação ou pelo desinteresse de organizações industriais em adotar novos modelos de produção -, o cenário de crise causado pela Covid-19 tende a acelerar inovações no setor.
Quem explica é o professor Harrison Corrêa, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPR, um dos autores da pesquisa.
O estudo intitulado “Poderia a crise pandêmica por Covid-19 estimular práticas de economia circular? Uma breve reflexão” destaca que a união de esforços no combate à pandemia pode despertar oportunidades. É possível ver sinais de uma reinvenção nos setores de alimentação e educação, além do empreendedorismo familiar na confecção de máscaras em tecido.
Segundo o professor, o momento de crise traz a chance de repensar o consumo. De acordo com ele, as práticas da economia circular já ocorriam antes da pandemia, mas foram fortalecidas neste momento.
Os detalhes sobre o estudo você encontra no site da Universidade Federal do Paraná, no: ufpr.br.
Reportagem: Juliana Goss