Uma nova linhagem do coronavírus foi identificada em três estados brasileiros. A XEC, que é uma modificação da variante Omicron, foi detectada em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina. O primeiro diagnóstico foi feito pelo Instituto Oswaldo Cruz em amostras de dois pacientes diagnosticados com Covid-19 em setembro, na capital fluminense.

No dia 24 de setembro, a Organização Mundial da Saúde classificou a XEC como uma variante sob monitoramento. Na análise do infectologista Marcelo Ducroquet, da Universidade Positivo, o surgimento de novas cepas é algo esperado.

Na prática, a linhagem tem mudanças no genoma que podem afetar o comportamento do vírus, como facilidade para se desenvolver. A XEC ganhou destaque nos meses de junho e julho, com um aumento de casos na Alemanha. De acordo com o especialista, a vacinação é importante para os grupos prioritários.

A cepa já foi identificada em 35 países. Até o momento, dados indicam que a linhagem pode ser mais transmissível do que as anteriores. Para o representante do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná, Alisson Luiz Silva, é preciso entender quais os impactos da nova cepa no cenário epidemiológico.

Ele lembra que foi a vacinação que acabou com o isolamento social.

No Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde divulga boletins mensais da doença. Até o dia 30 de setembro, foram 977 novos casos de coronavírus e três mortes. Já o Painel Covid da Prefeitura de Curitiba, que teve a última atualização no dia 09 de outubro, aponta para 543 casos ativos da doença na cidade. O número é equivalente a 0,02% da população.

Reportagem: Larissa Biscaia