O presidente do Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia, disse que o clube não merecia ter recebido mais recursos para o financiamento das obras da Arena. A afirmação foi feita depois do anúncio do coordenador da Copa no Paraná, Mário Celso Cunha, de mais repasses para o atlético, durante a coletiva de imprensa ontem com o secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke. Petraglia admitiu falhas durante o processo de construção do estádio sede dos jogos da Copa em Curitiba.

A Fomento Paraná, financeira responsável por gerir o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado, que financia programas e projetos de desenvolvimento econômico e social, repassou nesta terça-feira (22) mais R$ 12 milhões do financiamento da obra da Arena. O coordenador da Copa, Mário Celso Cunha anunciou a liberação do recurso pouco antes do Petráglia admitir as falhas que causaram o atraso de mais de um ano na conclusão das obras.

O valor da obra saltou de RS 180 milhões para R$ 330 milhões em pouco mais de três anos. Em março, o valor final estimado pelo Atlético para conclusão do estádio ficou em R$ 330,6 milhões – R$ 131,1 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social); R$ 123,6 milhões da Prefeitura de Curitiba em títulos de potencial construtivo, que são papeis emitidos e servem de garantia para o pagamento do BNDES; e R$ 95 milhões, por meio da Fomento Paraná. O Atlético não tem obrigação de divulgar quanto foi valor investido pelo clube. Ate o final de fevereiro, o orçamento executado, ou seja, já pago aos fornecedores, era de R$ 264 milhões. Como garantia de pagamento de todo o montante, o Atlético empenhou o estádio, o Centro de Treinamento do Caju e os direitos de transmissão dos jogos. A Arena pronta está avaliada em aproximadamente R$ 495 milhões.