Foi preso preventivamente na tarde deste sábado (1º) um dos maiores traficantes da América do Sul. Luiz Carlos Rocha, conhecido por “Cabeça Branca”, foi localizado pela Polícia Federal em Sorriso, no Mato Grosso, dentro da Operação Spectrum, deflagrada em três Estados brasileiros. Rocha é o cabeça de uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro e estava em liberdade, apesar de ter condenações já proferidas pela Justiça Federal que, juntas, somam mais de 50 anos de prisão. É o que explica o delegado federal Élvio Aparecido Secco, coordenador da força-tarefa.

O criminoso era um dos chamados “barões das drogas” do Brasil e tinha relações ilícitas dentro e fora do país. Para chegar até ele, as equipes precisaram de vários meses de investigação e contaram com apoio externo.

Para se esconder da polícia, o traficante usava nomes falsos e fez diversas cirurgias plásticas – a exemplo do também traficante internacional Juan Carlos Abadia, preso em 2007. A atual identidade era Vitor Luiz de Moraes. Wilson Roncarati, também preso preventivamente, mas em Londrina, no norte do Paraná, é considerado pela PF o braço direito de Cabeça Branca. Além dos dois mandados de prisão, que são por tempo indeterminado, foram cumpridas ainda nove ordens judiciais de busca e apreensão em imóveis, 10 de busca e apreensão de automóveis e três de condução coercitiva – quando a pessoa é levada para e obrigada a depor.

Os mandados foram expedidos pela 23ª Vara Federal em Curitiba e executados por cerca de 150 policiais federais. A quadrilha chefiada por Rocha era responsável pela introdução de aproximadamente cinco toneladas de cocaína por mês tanto no Brasil quanto no exterior. Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados e organização criminosa. Somadas, as penas ultrapassam os 20 anos de prisão.