Três policiais militares do Paraná são acusados de torturar usuários de drogas e espancar uma grávida de cinco meses no litoral do Estado.

Nesta semana, o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia criminal por tortura e abuso de autoridade. Dois dos policiais são gêmeos.

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A primeira denúncia, contra os irmãos Ricardo e Rodrigo Chiarello Marchesi, foi de uma ocorrência de maio de 2021, quando eles teriam entrado em uma residência por suspeita de que lá moraria uma mulher vinculada ao tráfico de drogas. As torturas teriam sido filmadas por um deles e duraram cerca de 40 minutos.

O outro caso, que envolve os três policiais, foi registrado em agosto de 2022 em Guaratuba, também no litoral do Paraná. Os irmãos, junto com o Sidney Vettori de Moura, teriam entrado em duas casas. Uma grávida chegou a ser espancada, como afirma o coordenador do Gaeco, promotor Leonir Batisti.

Todos os policiais estão presos. Sidney foi preso preventivamente no começo de fevereiro durante uma operação do Gaeco e da Corregedoria da Polícia Militar. Ele já tinha sido preso em outubro do ano passado e solto 17 dias depois. O advogado de Sidney, Nathan Macedo de Freitas, afirma que vai entrar com um pedido de habeas corpus ainda nesta sexta-feira. 

O advogado dos gêmeos foi procurado, mas não vai se pronunciar sobre o caso.  Em nota, a Polícia Militar do Paraná, por meio da Corregedoria Geral (Coger), afirma que acompanha e colabora com as investigações do Gaeco. Os policiais envolvidos estão afastados das funções. A PMPR ressalta ainda que “não compactua com o desvio de conduta de nenhum de seus integrantes e atua sempre para reestabelecer a verdade dos fatos”.

Reportagem: Lorena Pelanda