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Pobreza aumenta 16% no Paraná, revela IBGE

Estado concentra mais de 2 milhões de pessoas nessa situação. Extrema pobreza atinge 438 mil

 Pobreza aumenta 16% no Paraná, revela IBGE

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Em um ano, o número de pessoas que vivem na pobreza cresceu 16% no Paraná. Foram pelo menos 277 mil pessoas que tiveram perda nos rendimentos e passaram a contar com apenas R$ 486 mensais para suprir todas as necessidades básicas.

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Os números foram divulgados neste final de semana pelo IBGE e mostram que em 2021 eram pouco mais de 2 milhões de pessoas na pobreza, enquanto em 2020 o número chegava a 1,7 milhão. Já a população que vive na extrema pobreza, ou seja, com menos de R$ 168 mensais, ficou estável nos últimos dois anos. Em 2020, foram computados pelo IBGE 440.040 pessoas nessa situação.

No ano passado eram 428.460 – uma redução de 2,6%. Para a professora de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Jucimeri Isolda Silveira, os dados refletem as crises dos últimos anos, causadas pela pandemia e por demais conflitos internos e externos.

Os números além de mostrarem que os paranaenses sobrevivem com cada vez menos dinheiro no bolso, evidenciam a linha de pobreza que atinge o nível recorde dos últimos 10 anos. Conforme o levantamento, em 2012, eram 1,5 milhão de pessoas na pobreza.

Nove anos depois, em 2021, essa condição se torna realidade para mais de 2 (DUAS) milhões – uma alta de 27%. A extrema pobreza avançou ainda mais e chega ao índice 105% de aumento entre 2012 e 2021 no Paraná.

Em quase uma década, a extrema pobreza passou a ser enfrentada dia a dia por mais 219.570 paranaenses.

O rendimento médio domiciliar per capita dos paranaenses também caiu. Já é a terceira vez consecutiva de queda. Em 2018 o valor era de R$ 1.755. No ano passado já estava em R$ 1.529, o que aponta para uma queda de 12,9% em três anos. Trata-se, ainda, do menor rendimento médio no estado na série histórica, iniciada em 2012, sendo que pela primeira vez o valor fica abaixo de R$ 1,6 mil.

A diferenciação das linhas de socioeconômicas segue o regimento do Banco Mundial que adota como pobreza os rendimentos per capita US$ 5,50 PPC, equivalentes a R$ 486 mensais per capita. Já a linha de extrema pobreza é de US$ 1,90 PPC, ou R$ 168 mensais per capita.

Reportagem: Leonardo Gomes.

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felipe.costa

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