Por legado da pandemia na área da Saúde, Paraná pede ao Governo Federal a manutenção de 600 leitos de UTIs do SUS

 Por legado da pandemia na área da Saúde, Paraná pede ao Governo Federal a manutenção de 600 leitos de UTIs do SUS

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O estado do Paraná formalizou ao Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (19), um requerimento para a manutenção de 600 leitos de UTIs do SUS que hoje são utilizados para o tratamento da Covid-19 com exclusividade. O pedido foi realizado por uma comitiva enviada à Brasília pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, que discutiu o cenário pós-pandemia na saúde pública do estado. A ideia da pasta é manter os leitos de UTI instalados nos hospitais públicos do estado, mesmo com a diminuição do número de casos e óbitos pela Covid19.

Para o secretário de estado da saúde Beto Preto, a manutenção dos leitos de UTI para o ano que vem poderia ser considerado um legado positivo da Covid-19 ao Sistema Único de Saúde do estado.

A manutenção das unidades de terapia intensiva está garantida ao Paraná até dezembro. Após esse prazo, o funcionamento dos leitos depende de uma nova autorização do Ministério da Saúde. Segundo o secretário, a pasta federal já sinalizou a manutenção de 350 leitos de UTI no Paraná para o ano que vem. Para ele, o pedido por 600 leitos tenta chegar a um meio termo entre a proposta federal e a intenção do governo do Estado.

Se a tendência pela diminuição no número de casos e óbitos pela Covid-19 for mantida, o objetivo da Secretaria de Estado da Saúde é tornar permanentes os leitos exclusivos que hoje são provisórios no Paraná. Com isso, a pasta tem a intenção de realocar as UTIs para o tratamento de outras doenças. Atualmente, o Paraná tem cerca de 1.500 leitos de UTI ativos.  A manutenção destas unidades para o ano que vem esbarra na questão orçamentária. Segundo o secretário, o objetivo é a permanência do que for possível, diante do alto custo das unidades.

Na atual divisão de valores, o Governo Federal custeia dois terços do custo da diária das UTIs no Paraná. O Governo do Estado arca com o valor residual, de um terço. Para manter os 600 leitos de UTI ativos em 2022, o Ministério da Saúde teria de aportar cerca de R$ 19 milhões mensais no orçamento do SUS. A conta para o Governo do Estado para manter as unidades, ficaria em torno de R$ 9,6 milhões mensais.

Reportagem: David Musso

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