De maio a junho deste ano, os registros da variante delta tiveram um aumento de 35% nas amostras analisadas pelo Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De 11 resultados positivos para a covid-19 analisados pelos pesquisadores neste mês de agosto, 5 pertencem à nova cepa, 45% do total. Em maio deste ano, primeira vez em que a variante foi identificada, apenas 10% das amostras davam positivo para a Delta.

O professor Emanuel Maltempi, responsável pela pesquisa, destaca que o cenário não representa o a realidade do Paraná, mas pode indicar a alta da transmissibilidade da variante, algo que preocupa os pesquisadores.

Os pesquisadores realizaram um estudo de genotipagem de amostras positivas da Covid-19, que determina as diferenças na composição genética do vírus. Até julho, a variante gama (P1) era a mais comum no estado.

O primeiro caso da variante delta foi registrado no dia 13 de maio e a transmissão comunitária foi reconhecida pela Secretaria de Estado da Saúde no dia 28 de julho. O professor destaca que o aumento da variante é visto também em outros países com coberturas vacinais maiores que as do Brasil.

Na última sexta-feira (13), dois novos casos dessa cepa foram confirmados pela Secretaria Estadual da Saúde – entre as 91 amostras que foram processadas nos últimos dias. O primeiro caso é de uma mulher, moradora de Londrina, que apresentou sintomas no dia 4 de julho.

O segundo caso foi em Cascavel, no Oeste, em um homem que apresentou sintomas no dia 9 do mês passado. O Paraná contabiliza 56 casos da variante Delta e 18 mortes desde o começo da investigação da circulação no Estado.

Reportagem: Larissa Biscaia