A presidente da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, Maria Alice Erthal, orientou às equipes do órgão que levassem guardas municipais em algumas ações para causar “um pouquinho de medo” em pessoas em situação de rua.

No início do áudio, enviado em um grupo de WhatsApp denominado Ação Conjunta Matriz, Maria Alice se refere à retirada de pessoas que estão dormindo nas ruas André de Barros e Marechal Deodoro, no centro da capital paranaense.

Em seguida, a presidente da FAS reforça que com a presença da guarda municipal as pessoas em situação de rua vão ficar com “pouquinho de medo”.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, no último domingo (20), que os municípios não façam a remoção forçada de pessoas em situação de rua. Em despacho individual, o ministro Alexandre de Moraes já havia realizado essa determinação e que, agora, foi confirmada pela maioria do STF. A medida proíbe que estados, o Distrito Federal e os municípios façam a remoção e o transporte compulsório de pessoas em situação de rua aos abrigos.

Veja mais:

• Tarifa de ônibus reduz em São José dos Pinhais

Em nota, a Prefeitura de Curitiba afirmou que todas as ações da FAS são realizadas com consentimento dos moradores em situação de rua e que, em algumas ocasiões, a presença da Guarda Municipal é imprescindível para garantir a segurança das equipes de apoio.

A nota destaca também que apenas na última semana, três educadores sociais foram vítimas de agressões, xingamentos e ameaças por parte das pessoas em situação de rua. Procurada pela reportagem da BandNews, a prefeitura de Curitiba informou que, por enquanto, só vai se manifestar por meio desta nota.

Reportagem: Leo Coelho