Professores da Universidade Federal do Paraná e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná rejeitaram, na tarde de hoje (segunda), a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo. Com isso, a greve, que já dura 75 dias, continua sem uma perspectiva de encerramento. Pela proposição, o salário dos docentes receberia um reajuste de 20 a 45%, dependendo do tempo de trabalho do professor e dos títulos que ele possui. Além disso, o governo pagaria esses valores de forma parcelada até 2015. O secretário geral da Associação dos Docentes da UFPR, Rogério Miranda Gomes, explica que um dos maiores descontentamentos é o fato de a proposta representar perda para alguns trabalhadores, já que a inflação do período que compreende os anos de 2010 e 2015 nem foi levada em consideração.

Na assembleia dos docentes da UFPR, apenas seis, dos cerca de 300 professores votaram favoráveis à proposição do governo federal. Já na reunião da UTFPR, sete votaram a favor, nove se abstiveram e outros 106 votaram contra o reajuste apresentado. O secretário da APUFPR explica que os docentes só vão aceitar uma proposta que se assemelhe ao projeto de mudanças que já foi apresentado pela categoria ao governo federal.

Nesta quarta-feira, dia primeiro de agosto, representantes do comando nacional da greve têm uma reunião com o governo federal para apresentar os resultados de assembleias realizadas em todas as instituições do país. Até o momento, apenas uma universidade, a Federal de São Carlos, votou a favor da proposta de reajuste do governo. A expectativa é de que o Ministério da Educação apresente um novo projeto que contemple os docentes.