Quase trezentos quilos de material não biodegradável, que seriam descartados, foram transformados em novos produtos por meio de um projeto com foco em sustentabilidade e desenvolvimento social de uma rede de farmácias, em Curitiba.

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São materiais antigos de comunicação das lojas, como lonas, banners e outdoors. Eles viraram ecobags, necessaires e estojos nas mãos de profissionais do projeto Supera, da Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu).

A instituição treina e oferece oportunidade de trabalho para pessoas em situação de vulnerabilidade social. A presidente da Unilehu, Andrea Koppe, destaca que a parceria vai além do fornecimento de materiais.

Desde agosto de 2022, já foram reciclados dois lotes de lona, somando ao todo 292 quilos. Com isso, foram confeccionados 2.410 produtos. Ao todo, foram reaproveitados 419 banners, que viraram mais de 500 ecobags, 700 necessaires e 680 estojos.

A projeção é de que em um ano sejam reaproveitadas três toneladas de lonas, que antes seriam descartadas no lixo. Agora, elas serão revertidas em novos brindes para clientes e colaboradores da rede. CEO da Nissei, Alexandre Maeoka destaca que a iniciativa tem impacto em diversas áreas.

Por meio de ensino técnico em corte e costura, os alunos da Unilehu recebem uma bolsa que têm os rendimentos aumentados à medida que conseguem evoluir nos conhecimentos técnicos da profissão. As lonas destinadas aos alunos da Unilehu têm trama de poliéster e são revestidas por camadas de PVC.

Esses materiais não são biodegradáveis. O poliéster é uma fibra sintética que pode levar até 400 anos para se decompor completamente. Já o PVC é um plástico com tempo de decomposição entre 200 e 600 anos. Se não fossem reaproveitados, os materiais levariam centenas de anos para deixarem de existir no planeta.

Reportagem: Ana Flávia Silva