Protesto de caminhoneiros deixa reflexos em vários setores da economia estadual  

O protesto dos caminhoneiros já deixa reflexos no Porto de Paranaguá, na produção de alimentos, no trabalho dos agricultores e também no de pecuaristas de todo o Estado. Nas Ceasas de Foz do Iguaçu, Cascavel, Londrina e Maringá já há falta de produtos. Em Curitiba os preços praticados nessa semana ainda estão estáveis, mas itens que vêm de outras regiões como o abacaxi e mamão já tiveram diminuição de chegada na Ceasa. No Porto de Paranaguá, no litoral, dos 900 caminhões que deveriam estar no pátio hoje (terça), apenas 45 chegaram. Outros 1600 que estão previstos para descarregarem no porto nos próximos dias ainda nem pegaram a carga no ponto de partida. Os protestos também afetaram a produção de leite no Estado. Em Medianeira, a Frimesa informou que o leite deixará de ser recolhido a partir dessa quarta-feira. As atividades foram paralisadas também na Confepar Agro-Industrial, em Londrina, no norte do Estado. O mesmo vai acontecer na fábrica de leite da Latco, no sudoeste.  Já em Santo Antônio do Sudoeste as aulas foram suspensas porque a falta de combustível compromete o transporte escolar. Segundo a secretária de educação da cidade, Ivone Dalabrida, não há previsão para que as aulas sejam retomadas.

Nas creches de Santo Antônio do Sudoeste os alunos são atendidos, mas sem transporte escolar. Os serviços de limpeza urbana e rodoviários também estão parados, até que a distribuição de combustíveis seja reestabelecida no município. No setor das aves, frigoríficos deixaram de fazer o abate.  Duas fábricas da BRF, que detém as marcas Sadia e Perdigão, interromperam a produção de aves por não conseguir transportar os produtos nas cidades de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, no sudoeste do estado. Em nota, a empresa justificou a interrupção dos serviços por causa dos protestos nas rodovias, principalmente na região das duas fábricas, que dependem diretamente do transporte para fechar todo o ciclo de produção e comercialização dos produtos. No setor de avicultura a preocupação é pela possível perda de animais vivos e também após o abate. De acordo com o  Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, começou a faltar espaço para armazenamento e as empresas vão ter que suspender a produção.

A ração para os animais também já é escassa e eles podem começar a morrer nos próximos dias. Ainda com relação a Ceasa de Curitiba, a expectativa da direção do local é que haja aumento nos preços dos produtos nos próximos dias caso as manifestações dos caminhoneiros continue

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