Um protesto de moradores do bairro Cajuru, em Curitiba, deixa lento o trânsito na BR 277 na tarde de hoje (sexta). De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, uma das faixas sentido litoral ficou fechada por 30 minutos. Não houve bloqueio total. A fila chegou a quatro quilômetros e afetou o viaduto sobre a Linha Verde e a região do Jardim Botânico. A manifestação é contra as obras paradas na rodovia, na altura do quilômetro 81. A pavimentação começou em julho de 2013 e está orçada em quase dois milhões e meio de reais. Como parte do andamento das obras, a Prefeitura de Curitiba mexeu na composição da rodovia, o que atrapalha moradores do local. Quem conta é o esteticista canino Gustavo Henrique.

 Desde que as obras começaram, quem mora na região reclama de transtornos. Até o encanamento da rodovia ficou comprometido por causa dos pesos dos carros. Outro problema é a poeira e as enchentes que tomam conta do local. De acordo com a comerciante Adriane Krupczak, a obra inacabada tem diminuído o movimento de quem tem empresas na região

A obra, que é de responsabilidade da Prefeitura, teve apenas quatro trechos concluídos – o que corresponde a 23% do total. Segundo o município, o andamento dependia de um convênio com a Secretaria de Infraestrutura e Logística, do Governo do Estado. A Prefeitura afirma que pagou todas as parcelas devidas às empreiteiras e que o estado teria pago apenas uma. Em nota, a Prefeitura diz que o governo não fez o repasse para as empreiteiras porque aguardava a apresentação de algumas certidões liberatórias do município, emitidas pelo Tribunal de Contas do Estado. Essas certidões teriam sido apresentadas à secretaria, mas, mesmo assim, não houve o pagamento. A Prefeitura, informa, enfim, que o convênio para a conclusão das obras na 277 foi suspenso pelo governo do Estado no dia 27 de outubro Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná disse que todos os convênios do estado foram cancelados até a abertura dos orçamentos. A secretaria informa que, a partir disso, os convênios vão ser reavaliados e retomados, se estiverem de acordo com as normas. A abertura dos orçamentos ainda não tem nada para acontecer.