Após relatos de eleitores em todo o Paraná, o Tribunal Regional Eleitoral divulgou hoje (08) o número final de urnas eletrônicas que precisaram ser substituídas ao longo do domingo (07). Foram 756 casos, mais de 1.100% acima dos 60 informados anteriormente.

A diferença, segundo o órgão, se deu porque muitas zonas eleitorais tiveram problemas técnicos nos sistemas, o que atrapalhou até mesmo a comunicação com o TRE. O que significa que, na média, um aparelho a cada 35 disponíveis no estado apresentou alguma  falha durante o período de votação.

O coordenador de Comunicação do TRE Paraná, Marcio Jardim, explica quais foram as dificuldades mais recorrentes.

O Paraná tem 26.792 seções eleitorais, que são as salas onde a urna fica disponível para os quase oito milhões de eleitores do estado. No Clube Curitibano, por exemplo, que fica no bairro Água Verde, na capital, a seção 176 da Zona Eleitoral 177 acabou parada por mais de uma hora devido a falhas na confirmação do voto para o cargo de presidente da República.

Houve filas, obviamente, e mais de 70 ouvintes procuraram a BandNews para relatar o que ocorria. Mas o coordenador de Comunicação do TRE garante que a situação no Paraná ficou dentro da normalidade e que todos os episódios suspeitos são investigados pelo TSE.

Nesse caso da urna no Clube Curitibano, quando o eleitor digitava o número do candidato à Presidência e apertava a tecla “Confirma”, a imagem mudava automaticamente para uma mensagem que dizia “gravando”. Agora, o equipamento vai passar por auditoria e somente depois disso é que os votos registrados no aparelho vão ser confirmados.

Outro grande problema no pleito de ontem foi o volume elevado de fake news que circularam principalmente na internet.

As urnas eletrônicas têm duas memórias – uma interna e outra externa, e os votos dos eleitores são registrados em ambas as unidades de armazenamento. Quando um determinado aparelho apresenta problemas, a memória externa é retirada e inserida em outro equipamento que não estava em uso; uma urna zerada.

Com isso, os dados que já tinham sido gravados não se perdem, e é importante destacar, conforme o TSE, que todas as informações são criptografadas e têm assinatura digital. Na hipótese de alguma tentativa de fraude ou de modificação dos dados, o dispositivo se desliga automaticamente.

Reportagem: Daiane Andrade