Às dez horas da manhã do dia 29 de Agosto de 1971 começava em Curitiba a Greve do Fumo. Mesmo que o termo “greve” gerasse certa apreensão, a ação era, na verdade, uma campanha. O objetivo era claro: conscientizar sobre os riscos que o cigarro traz à saúde. De um lado, os fabricantes de cigarros traziam celebridades fumantes, para mostrar que fumar era algo descolado.

De outro, as escolas da cidade liberaram cerca de dez mil alunos para participar da iniciativa. Fumantes eram abordados nas ruas por crianças e adolescentes, que pediam que o maço fosse jogado fora. Quando o sujeito comprava a campanha, era recebido por uma salva de palmas.

Nesta mesma época, abaixo-assinados circulavam com pedidos de leis antifumo. Os materiais foram enviados ao presidente João Figueiredo, que era um grande fumante. Ele não respondeu aos pedidos dos curitibanos, mas não se livrou do assunto.

Em julho de 1983, o militar foi levado aos Estados Unidos com cardiopatia grave, associada ao excesso de cigarros e ao estresse.

Reportagem: Larissa Biscaia