A Sanepar está literalmente fazendo chover nas bacias hidrográficas de contribuição das barragens do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana.

A Companhia contratou serviços aéreos especializados de indução de chuvas localizadas com semeadura de nuvens na região do Sistema. A iniciativa faz parte do conjunto de ações para diminuir o efeito da crise hídrica.

Os trabalhos são feitos por uma empresa que já realizou os mesmos serviços para outras companhias de saneamento, como a Sabesp de São Paulo e a Copasa de Minas Gerais.

Também foram realizados trabalhos pelo setor agrícola, Toledo e Cianorte, no oeste e norte do Paraná, em outros estados brasileiros e até no Gabão, na África. A primeira chuva induzida aconteceu no dia 9 de dezembro de 2020 sobre a Bacia do Passaúna, localizada na Região Metropolitana de Curitiba.

O processo, chamado de semeadura de nuvens, provocou até o momento 12 chuvas. A semeadura é feita por um avião que, ao sobrevoar uma nuvem promissora, faz a pulverização de gotículas de água potável de diâmetro controlado. Essas gotículas se somam às gotas já existentes dentro da nuvem, que ganham massa e se precipitam em forma de chuva, no local de interesse.

O processo faz parte de um projeto de pesquisa e inovação da Sanepar que será desenvolvido até maio deste ano em Curitiba e Região Metropolitana e inclui o monitoramento e a quantificação das precipitações. A partir dos resultados finais, a companhia terá condições de definir se é um método viável para ser replicado em situações semelhantes de crise hídrica e em outras regiões do Estado.

Reportagem: Fernanda Scholze