Se, por um lado, os professores das escolas estaduais decidiram pelo fim da paralisação, os docentes das universidades estaduais vão continuar de braços cruzados. As aulas em sete instituições também não começaram na data prevista, pelos mesmos motivos que provocaram a paralisação de parte do setor público. Na última sexta-feira, a justiça determinou a volta imediata aos trabalhos, mas os sindicatos dizem que não foram notificados, segundo o presidente da entidade que representa os professores e servidores de Ponta Grossa, Marcelo Bronosky.

Na semana passada, os professores e o Governo do Estado começaram a avançar em algumas pautas, como a manutenção da autonomia universitária. No entanto, os docentes dizem que ainda não estão satisfeitos, de acordo com a vice-presidente do sindicato da Unioeste, Francis Mary Guimarães.

O Governo do Estado se comprometeu a não mexer mais na questão da ParanáPrevidência, mas os servidores ainda esperam por uma nova proposta. Enquanto isso, apenas os setores essenciais das instituições seguem funcionando. O presidente do sindicato dos servidores da Universidade Estadual de Londrina, Marcelo Seabra, diz que sequer teve contato com a decisão da justiça que determina o fim da greve.

As sete universidades estaduais possuem cerca de 70 mil alunos, que estão sem aulas. Os Hospitais Universitários seguem funcionando sem problemas. Em nota, o Governo do Estado informou que repassou R$ 26 milhões para o custeio das instituições neste primeiro trimestre.