As tarifas dos ônibus que circulam entre Curitiba e as cidades da Região Metropolitana podem ser diferentes das praticadas na capital a partir de fevereiro. Isso porque a Prefeitura e o governo do estado não conseguem entrar em acordo quanto à renovação do subsídio da Rede Integrada de Transporte. O convênio venceu no dia 31 de dezembro e ainda não foi renovado. Por conta disso, os sistemas urbano e metropolitano foram financeiramente separados. O governo do estado, através da Coordenação da Região Metropolitana (Comec), pretendia reduzir em quase 70% o valor do repasse, segundo a proposta apresentada na última sexta-feira. O subsídio mensal ficaria fixado em pouco mais de dois milhões e 300 mil reais, sendo que, até o ano passado, o montante pago era de aproximadamente sete milhões e 500 mil reais. O valor era usado para cobrir a diferença entre a tarifa técnica e a prática. A Prefeitura não aceitou o novo valor. Segundo o presidente da Urbs, Roberto Gregório, o novo valor do subsídio calculado pelo governo do estado usa como base uma pesquisa de origem e destino que já foi questionada.

Além disso, a Comec teria um débito de mais de 16 milhões de reais com a Urbs, ainda sem previsão de pagamento.

Em resposta, a coordenação divulgou uma nota informando que vai honrar com a dívida, mas não indicou um prazo para isso. Apesar de a Prefeitura da capital afirmar que vai adotar todas as medidas possíveis para garantir a integração do transporte metropolitano, o presidente da Urbs afirma que, por conta da diminuição dos repasses, as tarifas podem começar a ter valores diferentes para quem viaja por Curitiba e quem vem de uma das 13 cidades da Região Metropolitana.

Além do pagamento das empresas metropolitanas, a Urbs defende que o governo do estado também se responsabilize pela manutenção dos equipamentos como as estações tubo instaladas pela prefeitura e que são usadas pelo transporte metropolitano. Segundo a assessoria de imprensa, a Urbs continua aberta a negocições com o governo do estado em busca de um acordo. A Comec deve se pronunciar sobre este assunto somente amanhã.