Servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais podem voltar ao trabalho a partir da próxima segunda-feira, depois de mais de dois meses de paralisação. Amanhã (terça) eles têm uma assembleia para discutir a proposta do governo federal. Na quinta está programada mais uma votação que pode colocar fim ao movimento. O governo ofereceu um reajuste salarial de 15,8% dividido em três parcelas em 2013, 2014 e 2015, além de mudanças na carreira e nas condições de trabalho. O aumento salarial está abaixo do que os servidores pediam, de 22,08%. Mesmo assim, um diretor do sindicato dos servidores Márcio Palmares afirma que os trabalhadores devem encerrar a greve.

Um dos setores mais afetados com a paralisação é o Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, o TMO. O local funciona com apenas 50% da capacidade e pacientes que precisam passar por uma cirurgia são obrigados a esperar na fila, mesmo depois de terem encontrado um doador compatível. A diretora geral do hospital, Marilize Brandão, diz que o sindicato dos trabalhadores já apresentou três listas com nomes de servidores que podem ser remanejados para trabalhar no TMO, mas o problema continua e o prejuízo é grande.

Durante a paralisação, 52 mil consultas deixaram de ser feitas no HC e 26.800 exames foram desmarcados.