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Mirian Gasparin
 Setor de eventos tem números expressivos no segundo semestre

Foto: Divulgação RX

O setor de eventos e feiras de negócios, que foi um dos mais prejudicados no período da pandemia de Covid-19, começou a reagir em 2022, e, este ano, apresenta números bastante expressivos em termos de público e de fechamento de negócios.

Eu conversei com o diretor de Marketing da RX, que é a maior organizadora de eventos de negócios do mundo, Lucas Pimentel, e ele me informou que as duas primeiras feiras realizadas, este ano, no Brasil alcançaram um marco histórico de geração depotenciais clientes. Esta performance colocou a empresa em patamares sem precedentes do ponto de vista de geração de valor para os mercados em que atua.

Só para se ter uma ideia, a Feicon, que é o maior evento do setor da construção civil da América Latina, e a Automec, considerada a maior feira do mercado de reparação e reposição automotiva, realizadas no primeiro semestre deste ano, somaram mais de 440 mil conexões entre compradores e fornecedores por meio das plataformas digitais disponibilizadas pelos eventos. Isso permitiu que os expositores recebessem relatórios completos em tempo real, possibilitando a realização de um trabalho contínuo durante e no pós-evento para negociações e realização de novas vendas.

O diretor de Marketing da RX me explicou que as tecnologias disponibilizadas nos eventos de negócios facilitam o cálculo do ROI, sigla em inglês, que significa Retorno sobre o Investimento das empresas, bem como a análise qualitativa do perfil dos visitantes compradores que estiveram nos estandes.

E uma prova de que este mercado está bastante aquecido, são os números que me foram passados pela União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios, Ubrafe, em parceria com a São Paulo Turismo, que apontam que cerca de 1.500 eventos B2B de grande porte devem ser realizados até dezembro, somente na capital paulista, e poderão atingir 12 milhões de pessoas. Caso a expectativa se cumpra, a projeção é ter um impacto de R$ 14 bilhões por conta do turismo relacionado aos eventos de negócios.

Eu fiz esse questionamento ao diretor de Marketing da RX, e ele me disse que os eventos de negócios são definidos com muita antecedência e respeitam o calendário fiscal das indústrias, bem como o calendário internacional, já que os participantes são os mesmos. Por exemplo, os eventos de negócios ligados à construção civil sempre são realizados no primeiro semestre do ano. Por sua vez, os eventos e feiras dos setores eletroeletrônico, bioenergia, refrigeração, hospitalidade, segurança e frotas costumam acontecer no segundo semestre.

Embora São Paulo concentre a maioria dos eventos e feiras de negócios, devido à logística, Lucas Pimentel me contou que também o Paraná tem capacidade para abrigar grandes eventos.

Por fim, o setor de eventos é um grande empregador. Só para trabalhar na Feira da Construção Civil e na Automec, que pertence à área de reparação e reposição automotiva, foram contratados 12 mil profissionais.  Já os prestadores de serviços e fornecedores oficiais somaram mais de 30 mil trabalhadores.

Mirian Gasparin

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