Há um mês do leilão do Lote 2 das rodovias paranaenses, que inclui a BR-277 entre Curitiba e Litoral, o setor produtivo espera que as estradas voltem a ser pedagiadas o quanto antes. Entidades que representam o agronegócio e as empresas de transportes temem que as estradas voltem a conviver com interdições que prejudiquem o escoamento da produção. O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), coronel Sérgio Malucelli, reconhece os esforços dos governos estadual e federal para liberar as rodovias em 2022 e no início deste ano, porém, o prejuízo para o setor foi grande.

O Paraná é considerado o segundo maior produtor de grãos do país e espera colher mais de 18 milhões de toneladas de milho e trigo neste inverno. Com a produção tão grande, a preocupação é acumular novas perdas uma vez que ao menos 75% das cargas, não só do Paraná, mas também do Paraguai e de grandes estados produtores, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, chegam à área portuária via caminhões.

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Para o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep/Senar-PR), Ágide Meneguette, o leilão do novo lote representa um importante avanço, porém, poderia ter sido feito muito tempo atrás. Para ele, a infraestrutura rodoviária deve ser tratada como uma das principais prioridades em qualquer governo, já que problemas nas estradas refletem na economia como um todo.

O leilão do Lote 2 está previsto para o dia 29 de setembro na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a partir das 14 horas. Depois do leilão, a homologação do resultado será dia 10 de novembro e a assinatura do contrato está prevista para até 26 de janeiro de 2024. O prazo de concessão é de 30 anos.

Reportagem: Leonardo Gomes