‘Sheik dos Bitcoins’ é preso em Curitiba; VIDEOS
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão
O ‘Sheik dos Bitcoins’, Francisley Valdevino da Silva, foi preso em uma operação da Polícia Federal nesta manhã (quinta, 03), em Curitiba. A investigação apura a prática de crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, além de estelionato, lavagem de capitais e organização criminosa.
Essa é uma segunda etapa da operação. Na primeira, no dia 6 de outubro, policiais cumpriram apenas mandados de busca e apreensão. Foram apreendidas barras de ouro, além de dinheiro em espécie, joias, carros, relógios de luxo e outros itens.
Segundo a polícia, Francisley descumpriu medidas cautelares impostas pela Justiça Federal e, por isso, foi preso em casa, no bairro Campo Comprido, em um condomínio de alto padrão. Dentre as restrições, ele não poderia continuar a administrar as empresas e nem praticar atos de gestão no interesse do grupo econômico que administra.
Para a polícia, ficou claro que a organização criminosa continuou ativa. É o que detalha o delegado Felipe Pace.
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O grupo, além de promover fraudes no Brasil e no exterior, produzia e vendia plataformas e sistemas virtuais para terceiros interessados na prática de crimes semelhantes.
Em nota, a Polícia Federal afirma que a prisão preventiva foi decretada pela Justiça Federal também para garantir a ordem pública e econômica, em uma tentativa de colocar fim à atividade criminosa.
O ‘Sheik dos Bitcoins’ é apontado como o líder de uma quadrilha que movimentou, desde 2016, cerca de R$ 4 bilhões por meio de fraudes com criptomoedas e lavagem de ativos. Entre as vítimas está Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa Meneghel, que teve um prejuízo superior a R$ 1 milhão. Jogadores de futebol também estão na lista de vítimas. Apesar disso, não tiveram os nomes divulgados.
A investigação apontou que nunca houve movimentação comercial exercida pelo grupo e que, na verdade, o dinheiro era gasto por Francisley e outros membros do grupo.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa do investigado.
Reportagem: Lorena Pelanda, com informações da PF/PR