Sobrevivente da BR-376 denuncia falta de suporte
No dia 28 de novembro, duas pessoas morreram soterradas na altura do km 669
Após quase um mês do caso, sobreviventes do deslizamento da BR-376 denunciam a falta de suporte por parte da concessionária responsável pelo trecho. No dia 28 de novembro, duas pessoas morreram soterradas na altura do km 669, no acesso à cidade de Guaratuba.
O técnico em panificação, Oswaldo Pagliasi, teve o carro arrastado pela terra, mas conseguiu sair com vida. Ele chegou a receber uma ligação da Arteris da Litoral Sul, que afirmou que iria avaliar a situação de cada envolvido.
Um levantamento geológico, realizado a pedido da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) apontou que o deslizamento poderia ter sido evitado. O estudo apontou que, com monitoramento frequente, o risco seria previsto.
Desde o caso, Oswaldo não se sente mais seguro ao passar pela via.
Na análise do advogado e especialista em Direito Constitucional, Lincoln Domingues, os danos emocionais podem ser de responsabilidade da concessionária.
O especialista lembra que a concessão envolve a manutenção das rodovias.
Questionada pela reportagem, a Arteris Litoral Sul afirma que se solidariza com as vítimas do deslizamento.
Confira a nota na íntegra:
“A Arteris Litoral Sul se solidariza com as vítimas que foram atingidas pelo deslizamento da BR-376, no dia 28 de novembro. Ainda durante a ocorrência, a concessionária, prestou o atendimento pré-hospitalar às vítimas e a fim de tranquilizar famílias e amigos que aguardavam notícias, não mediu esforços para apoiar os trabalhos de buscas realizados pelo Corpo de Bombeiros. Para isso, enviou maquinários pesados de escavação, veículos de grande porte para retirada de terra e mais de 100 colaboradores que foram essenciais nesse processo. As pessoas envolvidas na ocorrência foram procuradas pela empresa, que segue à disposição de todos.”
Reportagem: Larissa Biscaia