STF decide futuro do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho
O Supremo Tribunal Federal decide hoje se o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho irá ou não a júri popular. O julgamento do habeas corpus está marcado para o período da tarde. O relator, o ministro Gilmar Mendes, pode indeferir o pedido da defesa e retomar o andamento do processo na capital paranaense.
O acidente aconteceu no dia 7 de maio de 2009, quando Carli Filho atingiu o carro onde estavam Gilmar Rafael Souza Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20. Os dois morreram na hora. Em estado grave, Carli Filho permaneceu dias internado, após passar por um procedimento cirúrgico. Nesta quinta-feira (11), os ministros avaliarão uma decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski, que impediu o julgamento popular, que havia sido marcado para janeiro do ano passado.
Caso derrubem a liminar, o júri poderá ser marcado a qualquer momento. Mas, se o argumento da defesa prevalecer, os ministros manterão o júri suspenso até que seja analisado um outro recurso apresentado pelos advogados de Carli Filho.
O advogado Elias Mattar Assad, assistente da acusação, acredita que Gilmar Mendes deve se posicionar a favor do júri. Ele também crê que o julgamento possa acontecer ainda em 2017.
Já a defesa de Carli Filho espera que seja considerado o recurso que alega que não houve um crime intencional. Sendo assim, não haveria condição para júri popular. O advogado Gustavo Scandelari insiste em argumentar que as vítimas erraram, ao invadir a via preferencial.
O júri do ex-deputado chegou a ser marcado duas vezes. Uma para março de 2013 e outra para janeiro do ano passado. Mas, até agora, os advogados têm conseguido impedir a realização do julgamento. O acidente aconteceu na madrugada de 7 de maio de 2009, no cruzamento da Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi com a Rua Paulo Gorski, no bairro Campo Comprido. Carli Filho estava embriagado e, segundo a perícia, dirigia a 173 quilômetros por hora.