Suspeito de atirar em posto pode responder por homicídio qualificado
Defesa alega que policial federal sofreu um surto psicótico
O policial federal suspeito de matar um homem e ferir outras três pessoas em Curitiba pode responder por homicídio qualificado. Novas imagens de câmeras de segurança do posto de combustíveis foram colhidas pela polícia e indicam que Ronaldo Massuia atirou deliberadamente sem dar tempo de resposta às vítimas. Segundo a defesa do policial, Ronaldo sofreu um surto psicótico, devido ao quadro profundo de depressão que vem enfrentando.
Para o delegado Tito Barichello, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, apesar do inquérito ainda estar no início, provas materiais e depoimentos corroboram para um crime qualificado.
Nas imagens, de ângulos diferentes, Ronaldo aparece discutindo com clientes e funcionários. O policial leva um soco, é empurrado e expulso da loja. Segundo testemunhas, ele estava com sinais de embriaguez e provocava o segurança do local. Na sequência, Ronaldo quebra a porta de vidro da loja a tiros. Clientes correm e tentam se proteger. Ao entrar ele segue disparando contra os clientes.
Em primeiro depoimento à polícia, logo após ser preso, Ronaldo Massuia alegou legítima defesa e afirmou estar abalado com toda a situação.
Ronaldo é suspeito de balear quatro pessoas, entre elas André Muniz Fritoli, de 32 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Uma das pessoas feridas é uma motorista de aplicativo. Ela foi atingida no peito, perna e no abdômen e está internada no Hospital Cajuru.
Em um áudio enviado a colegas, ela afirmou que passa bem.
Em nota, o hospital informou que a paciente, que não teve o nome revelado, está estável mas ainda sem previsão de alta.
Procurada pela reportagem, a defesa do policial reforçou, em nota, que o homem passa por um profundo quadro de depressão e que se solidariza, principalmente pela perda de uma vida e pelas outras três vítimas feridas. Por fim, a defesa disse que irá aguardar o avanço das investigações para se manifestar sobre maiores detalhes do caso.
Reportagem: Leonardo Gomes.