Em meio à queda de outros indicadores, a taxa de transmissão da Covid-19 se mantém em crescimento, no Paraná. Nesta quarta-feira (04), a taxa está em 0,90. Duas semanas atrás, era de 0,70. Os dados são do sistema Loft Sciente, ferramenta que calcula a taxa de transmissão média de todos os estados do país, com base nos dados da saúde.

Para a doutora em Microbiologia e professora universitária, Aline Stipp, o crescimento está ligado diretamente à presença da variante delta, que está em transmissão comunitária no Paraná.

A taxa de transmissibilidade indica para quantas pessoas, em média, um infectado transmite a doença. A Organização Mundial da Saúde considera que, se a taxa estiver acima de um, a pandemia está fora do controle naquele local. Com os números atuais, cada 100 pessoas infectadas no Paraná passam a doença para outras 90 pessoas.

A ocupação de leitos SUS exclusivos para coronavírus teve queda no Paraná. No dia 30 de junho, 93% das UTIs estavam ocupadas no Paraná. Nesta quarta-feira (04), a ocupação está em 56%, de acordo com a SESA. Entre as enfermarias, a ocupação passou de 62% para 37%. Apesar da transmissibilidade mais alta, a hospitalização está mais baixa o que, para a professora, é um reflexo da vacinação.

A taxa está acima da média brasileira, que é de 0,83. No ranking nacional, o Paraná está em 15º lugar.

A taxa mais alta foi registrada no dia 11 de março, quando o estado passava por um período de restrições mais severas contra a doença. Na ocasião, a transmissão estava em 1,58. Quatro meses depois, no dia 11 de julho, o estado registrou a taxa mais baixa, com 0,68.

Reportagem: Larissa Biscaia