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Traidor: Marco Nanini traz angústia da contemporaneidade para os palcos

Em um cenário repleto de ruínas e uma escultura hiper-realista, o ator é atormentado pela solidão e por reflexões

 Traidor: Marco Nanini traz angústia da contemporaneidade para os palcos

Foto: Divulgação

Um personagem confuso e perdido nos próprios pensamentos da era contemporânea. Esse é o mote do monólogo “Traidor”, interpretado por Marco Nanini e dirigido por Gerald Thomas, parceria teatral que está de volta após 18 anos. As duas sessões da peça neste fim de semana foram de plateia cheia no Teatro Guaíra, em Curitiba.

Em um cenário repleto de ruínas e uma escultura hiper-realista, o ator está isolado em uma ilha, onde acredita interpretar todos os personagens da história do teatro. Ele enfrenta a solidão ao remoer as ideias e experiências que teve ao longo da vida.

O espetáculo que mistura drama e comédia usa luzes e músicas nas separações dos devaneios de Nanini. O público pode acompanhar os cenários criados pelo personagem e se aproximar dos delírios, como alguém que está perto de enlouquecer. Além disso, figurantes e uma voz auxiliam o fluxo da peça e contribuem para a confusão mental, visto que contradizem alguns pensamentos dele.

Na complexidade teatral, o intérprete quer encontrar a origem da tragédia, com base nas obras de escritores como Shakespeare e Kafka, na tentativa de explorar a condição humana, marcada por angústias e medos na contemporaneidade causados pelo campo virtual.

Em coletiva de imprensa da obra, antes do espetáculo, Marco Nanini contou que o maior desafio para interpretar o personagem de comédia de “Traidor” era dissociar-se de Lineu, papel que viveu por 14 anos na série “A Grande Família”. Para isso, segundo ele, foi preciso inovar no visual: “Eu me inspirei no maestro Stokowski, que tem um cabelo parecido com o meu na peça, misturado com a ave pardal, para que eu não sentisse que estava sendo o Lineu em alguma situação”, detalha.

Embora esteja com 75 anos de idade, a presença de Nanini no palco ultrapassa a limitação do tempo. Com a habilidade e experiência, ele dá vida a um papel que, de acordo com ele, é desafiador e diferente. O talento demonstra a versatilidade do ator, que vai além das expectativas tradicionais de um papel.

Reportagem: Matheus Karam, estudante da Universidade Positivo (UP)

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felipe.lunardi

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