O avanço dos gastos com pessoal nas seis universidades estaduais está na mira do Tribunal de Contas. O órgão inicia hoje (27) uma auditoria nas instituições e vai avaliar também o nível de transparência e a eficiência dos gastos públicos de cada estabelecimento de ensino, especialmente na área de RH, levando em conta o número de docentes e de alunos.

A apuração, já aprovada em Plenário, foi anunciada ontem (26) pelo coordenador-geral de Fiscalização do TCE, Mauro Munhoz e ocorre em meio ao embate entre universidades e governo em relação à implementação do sistema de gestão de pessoal RH Paraná – Meta4.

Segundo Munhoz, gratificações indevidas, irregularidades no provimento de cargos em comissão, a falta de publicação de atos nos portais da transparência e desvios de função são exemplos de irregularidades. E o argumento do TCE é o de que a auditoria foi definida depois de uma fiscalização de rotina feita nas universidades pelas Inspetorias de Controle Externo.

A apuração teria apontado que nos últimos cinco anos – de 2012 a 2016 – os gastos com pessoal das universidades praticamente dobraram, passando de R$ 1 bilhão para R$ 1,9 bilhão. Outro valor que precisaria de confirmação é o gasto por aluno, de cerca de R$ 9 mil, que estaria muito acima do ideal e teria de ser adaptado a patamares mais adequados.

Ao todo, seis processos de comunicação de irregularidades contra atos das universidades estaduais tramitam no TCE. E a expectativa é a de que o relatório da auditoria seja concluído até dezembro.