UEL e Unioeste protestam contra o governo e paralisam atividades nesta terça-feira
As aulas na UEL, Universidade Estadual de Londrina, e na Unioeste, Universidade Estadual do Oeste, estão suspensas nesta terça-feira (14). O motivo é a paralisação dos professores e funcionários técnico-administrativos das instituições. Eles protestam contra o governo do estado. De acordo com a categoria, o Executivo estaria descumprindo as promessas feitas a menos de um mês, durante a greve geral do funcionalismo estadual. O diretor da Assuel Sindicato, Arnaldo Mello, que representa os trabalhadores da UEL, explica que os alunos apoiam o movimento e participam nesta manhã de uma assembleia que deve definir um calendário de mobilizações.
Parte dos servidores da Uenp, Universidade Estadual do Norte, também estão de braços cruzados hoje. Para a categoria, a forma como a negociação está sendo conduzida entre as partes alimenta o clima de desconfiança, e pode servir de combustível para uma nova greve. Isso porque o Executivo insiste na reforma do Paranaprevidência, apesar das mudanças feitas à proposta original.
Outra categoria que deve paralisar as atividades em breve, e por dois dias, é a dos professores da Unicentro, a Universidade Estadual do Centro-Oeste, na região central. A decisão foi tomada no fim da semana passada, mas as datas ainda não estão definidas. Um dos dias vai servir para informar a comunidade acadêmica sobre as reivindicações. O outro deve ser reservado para uma reunião dos professores na Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba. A ideia é que o encontro seja no mesmo dia da votação da proposta do governo para a previdência. Além disso, no dia 26 de abril, os professores da rede estadual se reúnem em Londrina para debater as atividades depois do fim da greve. De acordo com o APP-Sindicato, o objetivo é discutir as pendências na pauta de exigências dos trabalhadores. Entre os assuntos previstos estão as mudanças no projeto do Paranaprevidência e o reajuste salarial. Hoje à tarde o criador do formato atual do fundo previdenciário do estado, Renato Follador, participa da sessão plenária na Alep. Inicialmente contrário à mudança proposta pelo Executivo, ele deve esclarecer dúvidas e falar sobre os impactos da mudança na gestão dos recursos. O projeto, que agora transfere mais beneficiários para o Fundo Previdenciário, em vez de uni-lo ao Fundo Financeiro, deve tramitar normalmente nas comissões internas da Casa. Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior informa que reconhece a preocupação da categoria. O órgão informa ainda que todos os pontos acordados durante a greve estão sendo cumpridos de acordo com o cronograma estabelecido. Além disso, a Secretaria ressalta que o projeto de Lei do Paranaprevidência ainda está em tramitação.