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“Um fragmento”: a quebra das correntes

A Cia Teatral Pathos mostra toda a intensidade e emoção do teatro através do contato

 “Um fragmento”: a quebra das correntes

Foto: Giulia Orofino Faulhaber

O espetáculo “Um fragmento” foi apresentado pela primeira vez ao público no Festival de Curitiba no ano de 2017, sendo ele uma obra que trata, principalmente, da perda, da falta e do tempo. Elton Meduna – ator e diretor da companhia – demonstra como os indivíduos estão distantes uns dos outros nos dias de hoje, e a forma com que isso pode gerar o sentimento de solidão e medo. Tal abordagem é feita por meio de uma relação direta com o público, a qual gerou lágrimas e sorrisos nas pessoas presentes no local.

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“Ele é muito tocante, acho que ele fala sobre saudade, ele fala sobre arrependimento, culpa, é um espetáculo maravilhoso”, comenta Liam Andrade, de 17 anos, que estava presente no local por interesse teatral. O jovem acrescenta que muita arte foi perdida para o mundo digital e como o contato físico é importante para uma maior aproximação dos outros, essa seria a tão chamada “quebra das correntes”. Toda a comoção causada na platéia foi proposital, uma vez que o objetivo da obra era, justamente, a reflexão acerca de temas profundos e provocativos.

Meduna fala um pouco sobre a criação do nome do espetáculo, que foi dado com base na primeira cena que apresentou na companhia, o “Quinestesia”, em que fez quatro solos que tinham conexão. O nome “Um fragmento” surgiu justamente por ser um pedaço do que era um de seus solos. O ator também explica que a principal linha de pesquisa da produção de suas obras é o ser humano, sempre buscando mostrar desde o pior até o melhor de cada um. O foco é o tempo todo mostrar como os indivíduos podem se perder facilmente de si mesmos e também dos outros.

Foto: Giulia Orofino Faulhaber

A Pathos, companhia de teatro independente, possui 8 anos de vivência na área, com um total de 6 espetáculos produzidos. Apenas um deles foi trabalhado com verba. Por conta disso, a equipe quer começar um projeto de mecenato – lei de incentivo – para que consigam expandir sua arte cada vez mais e com mais estabilidade.

Por fim, fizeram parte dessa produção: Catarina Bertulio (coordenadora do Fringe), Lolla Lovelace (sonoplasta), Andreia Susan (criação de QR Codes dos cartazes), André Silva (auxiliar técnico) e Elton Meduna (ator e diretor). Sem essas pessoas não teria sido possível propiciar as mesmas sensações que foram geradas em todos que estavam os prestigiando.

“A arte é essencial. Eu digo assim que é necessário porque a gente vive numa sociedade muito dura, então se a gente não tiver arte como, não uma válvula de escape, mas como alimento mesmo, pra que a gente possa seguir, é difícil”, finaliza Elton.

SERVIÇO

Um fragmento – Fringe – Festival de Curitiba

Data: 29/03 a 01/04

Horário: 17h*

Duração: 45 minutos

Local: Praça Rui Barbosa, Centro*

Gênero: Drama

Classificação indicativa: Livre

Ingresso: Gratuito

*Horários e locais das próximas apresentações são diferentes dependendo do dia, entre no site do Festival de Curitiba para saber mais

Por Giulia Orofino Faulhaber, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba

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Frederico Machado

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