UPAs de Curitiba têm mudança de atendimento; entenda
Medidas foram anunciadas diante da alta demanda e pressão no sistema de saúde
Tendas são instaladas nas UPAs do Boa Vista e do Cajuru, em Curitiba, para acomodar pacientes diante da sobrecarga no sistema público de saúde da capital. A medida é uma das anunciadas pela Prefeitura na quarta-feira (10) como plano de contingência diante da alta demanda por atendimentos de saúde.
Além disso, as Unidades de Pronto Atendimento passam a ter, de forma gradativa, eixos de atendimento específico para problemas respiratórios e pacientes com suspeita de dengue, além de outro eixo destinado aos demais casos.
A carga horária dos médicos foi ampliada e, se necessário, as UPAs funcionarão como retaguarda dos hospitais que atendem pelo SUS na capital. Na prática, a ação significa direcionar parte dos leitos das unidades para internamento hospitalar.
Em março deste ano, o número de atendimentos nas UPAs de Curitiba aumentou 25% na comparação com o mesmo mês de 2023. Foram, em média, 4.285 pessoas atendidas por dia.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Beatriz Battistella, a pressão sobre o sistema também atinge a rede privada.
Ela afirma que a sobrecarga é gerada pelos atendimentos de casos respiratórios, suspeitas de dengue e também crises hipertensivas e de glicemia nas UPAs. Além disso, segundo a gestora, os hospitais têm recebido alta demanda ocasionada em especial de acidentes de trânsito.
Mas, ao contrário do que aconteceu na pandemia, cirurgias eletivas permanecem sendo realizadas, o que aumenta a demanda.