Uso de máscaras de proteção facial contra a Covid-19 segue obrigatório em Curitiba
As máscaras de proteção facial contra a Covid-19 são, desde o início da pandemia, o principal retrato de que a humanidade luta contra uma doença potencialmente letal. Com o avanço da campanha de vacinação em todo o Brasil e a queda no número de casos e mortes pela doença, cresce a discussão em relação ao momento adequado para que as cidades deixem de exigir a proteção em locais públicos. Municípios como São Paulo e Florianópolis já confirmaram, recentemente, a intenção em revogar a obrigatoriedade do uso das máscaras, num futuro próximo. A capital paranaense, ao menos por enquanto, mantém a obrigatoriedade.
A infectologista e professora do curso de medicina da Universidade Positivo, Viviane de Macedo, avalia que ainda não é o momento de permitir a circulação de pessoas nas ruas e locais públicos da cidade, sem o equipamento de proteção facial.
Em Curitiba, o uso de máscaras de proteção é obrigatório em espaços abertos ao público, ou em ambientes de uso coletivo. Para a infectologista, a revogação do uso de máscaras na cidade depende de uma redução ainda mais expressiva no número de casos e óbitos pela doença e o aumento do percentual de pessoas imunizadas com as duas doses da vacina.
Desde o dia 1° de outubro, a capital paranaense se mantém abaixo de 4.000 casos ativos e tem, atualmente, cerca de 3.350 pessoas com o potencial de transmissão da doença. Em momentos mais críticos da pandemia, esse número chegou a 9.000 pessoas. Um novo decreto publicado nesta quarta-feira (6), pela prefeitura de Curitiba, manteve a cidade em bandeira amarela e permitiu a realização de eventos esportivos, teatrais e musicais, com até 50% da capacidade de público dos espaços. Com a medida, estádios de futebol, por exemplo, terão um aumento substancial na capacidade de público em relação ao decreto anterior, que definia um limite máximo de 5.000 pessoas.
Para a infectologista, as flexibilizações que estão acontecendo neste momento na cidade, dependem do equilíbrio. E para que medidas menos restritivas sigam sendo liberadas, ela opina ser fundamental o respeito ao distanciamento social e a permanência do uso de máscaras.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, a revogação da obrigatoriedade das máscaras sequer é discutida no Palácio 29 de Março, sede da prefeitura. Para a infectologista da pasta, Marion Burger, estudos científicos apontam que a proteção facial e a vacinação, são os maiores aliados na luta contra a doença.
Desde janeiro, uma lei prevê a possibilidade de aplicação de multa a quem deixar de usar máscaras de proteção em espaços públicos ou de uso coletivo. O valor das autuações para pessoa física varia de R$150 a R$550, conforme o caso.
Reportagem: David Musso