Vereador de Pinhais é condenado por esquema de rachadinha
Joãozinho Ribeiro (MDB), foi condenado a mais de oito anos de prisão em regime fechado
O vereador Joãozinho Ribeiro (MDB), de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foi condenado a oito anos e seis meses de prisão em regime fechado por um esquema de rachadinha. De acordo com a decisão do desembargador Mário Helton Jorge, do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná), ficou comprovado que os assessores do parlamentar recebiam apenas uma parte da remuneração deles, pois repassavam a outra parte diretamente para Joaozinho Ribeiro, ou indiretamente através da esposa ou filho do vereador.
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Em troca disso, os assessores não precisavam comparecer diariamente no gabinete, tendo tempo livre para outros afazeres. Além disso, alguns assessores contratavam empréstimos financeiros junto a instituições bancárias, mediante desconto em folha de pagamento, sendo que o valor total ou parte dele também eram repassados.
Segundo a denúncia do MP-PR (Ministério Público do Paraná), o vereador recebeu pagamentos mensais de R$ 2 mil durante o segundo mandato, entre 2013 e 2016. O processo aponta que um dos assessores fez saques entre R$ 1.000 ou R$ 1.500 logo após de receber o salário entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014. Em outubro daquele ano, o vereador fez depósito no valor de R$ 60 mil, em espécie, na conta-corrente dele.
Em outro caso citado na condenação, uma assessora fazia repasses do próprio salário para a esposa do vereador, Jurema Aparecida Carros Ribeiro, e ao filho do parlamentar, Israel Carros Ribeiro. Os dois “frequentavam o gabinete e tinham justamente a função de fazer a cobrança e receber os valores”, conforme o documento. Em entrevista à Rádio BandNews, o vereador Joãozinho Ribeiro, afirma vai pedir a anulação do processo.
Em nota, a Câmara Municipal de Pinhais, informa “que não foi notificada oficialmente sobre possível condenação de vereador no exercício de mandato. Que em proteção aos princípios constitucionais da ampla defesa e contraditório, aguardará a comunicação oficial pela autoridade judicial”.
Reportagem: Francine Lopes