Vereadores sugerem acabar com “monopólio noturno” do cachorro-quente
Em Curitiba, decreto de 2004 permite apenas a venda de cachorro-quente por ambulantes à noite
Se depender de uma indicação ao Executivo aprovada pelos vereadores de Curitiba, quem quiser fazer uma boquinha à noite não terá mais que escolher apenas entre uma ou duas vinas nos carrinhos dos vendedores ambulantes. A ideia, conforme a proposição debatida pela Câmara Municipal, durante a sessão de ontem (quarta-feira, 8), é acabar com o “monopólio noturno” do cachorro-quente, instituído por decreto de 2004.
Assinada pelos vereadores Amália Tortato (Novo) e Professor Euler (MDB), a sugestão é para que o Executivo altere a redação de um dos anexos do decreto municipal, que dispõe sobre o comércio ambulante na cidade.
O debate surgiu no mês passado, durante a análise de indicação ao Executivo em que Tortato sugeriu a ampliação da lista de mercadorias comercializáveis pelos ambulantes. Euler alertou, na ocasião, que o decreto era ainda mais restritivo no período noturno. É que o texto atualmente reserva o período noturno, compreendido entre as 19 e as 6 horas, apenas para a venda de cachorro-quente.
Na avaliação de Amália Tortato, a regulamentação de 2004 é “bastante engessada” e deveria ser revista na íntegra.
O Presidente da Comissão de Urbanismo, Obras Públicas e Tecnologias da Informação da Câmara, Mauro Bobato (Podemos) prometeu levar o tema para a próxima reunião do colegiado.
Votada em turno único e de maneira simbólica, as indicações são uma manifestação legal dos vereadores, referendadas em plenário, mas não são impositivas. Cabe agora a Prefeitura avaliar e acatar, ou não, as propostas.
Reportagem: Leonardo Gomes com informações da CMC