Vestibulares de verão em universidades estaduais podem ficar para 2016

Foto: reprodução/UFPR
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Os vestibulares de verão das universidades estaduais do Paraná, normalmente realizados entre outubro e dezembro de cada ano, podem ficar para fevereiro ou até março de 2016. O motivo é a greve dos professores da rede pública de ensino e dos servidores técnico-administrativos das instituições de ensino superior. A paralização começou no dia 27 de abril e ainda não tem data para terminar. E deixa sem aulas quase um milhão de alunos nas escolas e mais de 105 mil nas universidades, entre graduação e pós-graduação. De acordo com o professor Denny Willian da Silva, que faz parte do comando do movimento grevista nas universidades, a ideia é evitar que os estudantes da rede pública sejam prejudicados.

Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), na região norte, as provas normalmente são aplicadas em dezembro. Mas os sindicatos de docentes e funcionários da instituição entregaram à Reitoria uma moção pedindo a suspensão do processo seletivo e agora aguardam uma resposta do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, responsável por esse tipo de decisão. Também na Universidade Estadual de Maringá (UEM), no noroeste, a Reitoria pediu ao Conselho de Ensino a mudança do vestibular por causa da greve. A UEM faz duas seleções por ano, em julho e dezembro, e o adiamento ou não deve ser definido nos próximos dias. Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nos campos gerais, e na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), o entendimento é o mesmo. As instituições promovem dois vestibulares por ano, de inverno e verão, e também analisam a possibilidade de mudança. O professor explica que, embora algumas universidades estejam com a discussão sobre o assunto mais avançada, o tema é comum a todas as instituições.

Na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), um dos dois vestibulares pode ser cancelado, mas a possibilidade ainda está em análise. Normalmente, a Unicentro faz duas seleções por ano, em agosto e dezembro, mas como as inscrições para o primeiro concurso deveriam começar em junho, a greve pode afetar a realização das provas. Na Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) há apenas um vestibular no fim do ano e na Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a única seleção é no mês de outubro.  Silva também esclarece que, mesmo se houver alteração no vestibular de verão 2015, as seleções de inverno do ano que vem devem ser mantidas.

Ao todo, são aproximadamente oito mil professores e nove mil trabalhadores de outras categorias de braços cruzados nas sete universidades estaduais. A greve nas instituições de ensino superior tem a mesma motivação da paralisação dos professores da rede estadual de ensino: o impasse sobre o reajuste salarial. O governo insiste na proposta de 5% enquanto os servidores querem um aumento de 8,17%, que é o índice de reposição da inflação nos últimos 12 meses.

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