Com previsão de ser leiloado em setembro, o projeto VLT Expresso Metropolitano começa a ser modelado no Paraná. O novo sistema deve ser implementado entre Curitiba e São José dos Pinhais.

A estimativa da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) é que 120 mil passageiros sejam beneficiados diariamente.

Segundo o presidente do órgão, Gilson Santos, o VLT deverá substituir os ônibus do eixo Boqueirão permitindo uma conexão rápida e moderna entre o Aeroporto Afonso Pena e o Terminal Central, ambos em São José dos Pinhais.

Ao todo, o traçado do VLT deve ter cerca de 21,5 quilômetros de extensão. Além da ligação em São José dos Pinhais, o trem fará conexão com os terminais do Boqueirão, do Carmo, e do Hauer, além da Linha Verde, Tribunal Regional Eleitoral, UTFPR e Centro Cívico, na capital.

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O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, explica que a ideia não é acabar com os ônibus que já circulam nos trechos, mas sim complementar o sistema de transporte coletivo.

Diferente de trens convencionais e metrô, o VLT ou veículo leve sobre trilhos é menor e transporta menos passageiros. Dessa forma, ocupam pouco espaço e fazem menos barulho ao passar. A composição também se movimenta em velocidade baixa – 20 km/h, em média.

A prefeita de São José dos Pinhais, Nina Singer, reforça que uma das principais vantagens do VLT é o baixo custo de operação, o que permite se encaixar na paisagem urbana.

O projeto é fruto de uma parceria entre o Governo do Paraná e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contratado para realizar a estruturação e modelagem da concessão para implantação, por um parceiro privado, desse VLT.

Para colocar o projeto no papel, o BNDES contratou um consórcio de empresas para elaboração dos estudos técnicos necessários, que serão entregues ao Estado para subsidiar a decisão a respeito do modelo de concessão, que deverá contemplar a implantação e a prestação de serviços de operação e manutenção do VLT.

O leilão de concessão deverá ser realizado em setembro na Bolsa de Valores, em São Paulo, e a previsão inicial de investimentos é de cerca de R$ 2,5 bilhões.

Reportagem: Leonardo Gomes.